Com a globalização os negócios, as informações, as tecnologias, os modelos de gestão e as metodologias educacionais tornaram-se ativas e passaram por várias transformações, exigindo agilidade, inteligências estratégica e competitiva dos gestores educacionais.
Porém a modelagem e a arquitetura organizacional da maioria das instituições é muito tradicional. A essas instituições só resta o encerramento de suas atividades. Meus sentimentos!
A estrutura educacional brasileira vive essa situação, pois, a maioria dos que atuam na educação recebem baixos salários, gerando frustração em muitos professores/educadores que não se sentem motivados frente às dificuldades diárias da realidade escolar, além dos pais que não participam efetivamente no processo de formação moral e ética dos filhos, delegando-os ou terceirizando-os.
As avaliações implantadas pelo governo para avaliar a educação brasileira, apresentam números desanimadores, isso, tornou a situação insustentável, o que não pode continuar.
Existe um consenso, segundo estudiosos mundiais que se debruçam em torno do tema da gestão estratégica de escolas em torno de 12 tendências para a educação dos próximos anos:
- Metodologias ativas
- Ensino Híbrido
- Aulas Invertidas
- Crescimento do EAD e Transmídias
- Necessidade de formação continuada para professores, educadores de apoio, gestores e pais “in company”.
- Métricas via avaliação externa para clima organizacional.
- Mudanças no processo avaliativo.
- Inclusão e respeito às diferenças.
- Estudo do imaginário infanto-juvenil.
- Inteligência coletiva e aprendizagem colaborativa.
- Métodos metacognitivos.
- Gamificação educacional.
A busca de resultados tangíveis em um “mundo líquido” (Bauman em Modernidade Líquida), caracterizado pela cultura digital, as escolas tradicionais ainda são verbais e vivem seu velório, bem próximas do funeral e enterro.
Repetição e memorização, são sinais de seu suicídio coletivo, sem contar as automutilações de seus estudantes, acompanhados de autoextermínio, pela falta de humanização de gestores (as), seus viúvos e viúvas, a começar por técnicos governamentais (municipais, estaduais, federais), seguidos de grandes sistemas de ensino que só visam números mercadológicos.
Pais e responsáveis que usam o wattsapp para retirar o empoderamento dos educadores e encontrar culpados para um problema social de larga escala: a zona de conforto de todos os agentes envolvidos com a formação de milhares de crianças e adolescentes da Geração C, nativa digital do coletivo conectado.
Existe uma nostalgia entre os tradicionalistas que tentam resgatar modelos conservadores para gerenciar os conflitos de gerações entre professores,estudantes e pais inovadores com pares tradicionais que atrasam e imobilizam muitos avanços pedagógicos, cognitivos, culturais e relacionais nas escolas tradicionais.
Ainda se educa como há 200 anos com fileiras retas, sirenes, avaliações focadas no “decoreba”, conselhos de classes com falta de foco acadêmico, burocracias diversas, disciplina “policial”, hierarquia vertical, sem escuta, estilo fabril, rigidez nas relações humanas, velhos diários de classes, metodologias livrocêntricas, magistocêntricas, didaticocêntriscas que reafirmam estilo autoritário que criam rótulos,seleção e pressão inflexível.
O conflito civilizatório próprio da “era das incertezas” não tem sido percebido por gestores e professores com práticas antiquadas que se dirigem na contramão dos aplicativos, inteligência computacional, competências sócio-emocionais presentes no imaginário das novas infâncias e juventudes, resultado: paradoxos.
Os destinatários da escola contemporânea mudaram, porém, o design comportamental, e arquitetônico permanecem em detrimento de uma realidade “mutatis mutandis” (expressão advinda do latim que significa “mudando o que tem de ser mudado”).
Por Professor Paulo Henrique de Souza
Fonte: https://direcionalescolas.com.br/meus-sentimentos-escolas-tradicionais/
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