A importância do SISU para a instituição de ensino.

O SISU, ou Sistema de Seleção Unificada é um recurso informatizado e gerenciado pelo Ministério da Educação (MEC). Nele, as universidades públicas disponibilizam vagas a candidatos que participaram do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio).

O ingresso em universidades públicas é o sonho de qualquer estudante e, principalmente, de seus pais. Altos índices de aprovação em vestibulares concorridos são um atrativo para famílias que buscam colégios particulares para seus filhos.

Embora tenham um papel importante na formação pessoal do ser humano e sua responsabilidade social, também espera-se que as escolas preparem seus alunos para os aspectos práticos da vida.

Isso envolve o desenvolvimento de habilidades e competências úteis no mercado de trabalho. Porém, antes desse almejado momento, os jovens se deparam com um desafio muito maior em suas vidas — o ingresso na universidade.

No Brasil, o acesso às universidades públicas é bastante limitado. É fato que a procura por universidades públicas não é somente por serem gratuitas, mas também pelo peso que representam para o currículo e oportunidades que proporcionam.

Além do reconhecimento pela qualidade educacional, as universidades públicas fazem parte de um universo restrito de instituições que investem e promovem a realização de pesquisas científicas.

Em contrapartida, o ingresso dos estudantes nessas instituições é desafiador. Os vestibulares são extremamente concorridos e apenas os alunos que tiverem uma excelente formação conseguem a tão almejada vaga.

Devido a todo esse contexto, a alta taxa de aprovações em vestibulares públicos funciona como um atestado de qualidade da instituição de ensino. Pais, estudantes e comunidade em geral entendem que se uma escola consegue preparar seus alunos para vencerem a etapa do vestibular, ela faz justiça ao investimento realizado.

Esse contexto é entendido perfeitamente por gestores e, por isso, o aumento dessa taxa é uma das prioridades no gerenciamento escolar. O que muitos deles não sabem é que eles podem preparar seus alunos para o vestibular transformando um programa federal — o SISU — em um verdadeiro aliado para aumentar a taxa de aprovações.

O que é o SISU (Sistema de Seleção Unificada )

Quem pode se inscrever no SISU?

Existem alguns requisitos para isso:

  1. Participação do candidato no ENEM do ano anterior;
  2. Ter nota superior a zero na redação do ENEM;
  3. Que o candidato não seja menor de 18 anos no primeiro dia de realização do ENEM e não tenha a conclusão do Ensino Médio prevista para o ano letivo posterior ao do exame.

Além dessas exigências, já previstas pelo MEC, as próprias instituições de Ensino Superior podem fazer restrições adicionais. Algumas faculdades adotam, por exemplo, notas ou médias mínimas para o acesso a determinados cursos.

Portanto, mesmo que o candidato atenda aos requisitos que mencionamos acima, se a sua nota do ENEM for inferior à que a faculdade exige, o sistema emite um alerta sinalizando que a inscrição do aluno não será aceita.

Como funciona a inscrição no SISU?

A inscrição no SISU acontece em uma única etapa, uma vez por semestre, e inicia o processo seletivo. Para isso, o candidato precisa acessar o site e escolher até duas opções entre aquelas oferecidas pelas universidades que participam do Sistema.

A escolha deve ser feita por ordem de preferência. Além disso o candidato precisa definir a que tipo de vagas ele quer concorrer:

  1. Vagas de ampla concorrência: são aquelas destinadas aos candidatos em geral, sem qualquer tipo de iniciativa para facilitar o acesso de grupos específicos da população;
  2. Vagas reservadas: são destinadas, de acordo com a Lei 13.409/2016, a candidatos autodeclarados pretos, pardos e indígenas ou por pessoas com deficiência. A proporção estabelecida é equivalente à sua representatividade na população da unidade da Federação onde a instituição está sediada, de acordo com o último senso do IBGE;
  3. Vagas destinadas às demais políticas afirmativas das instituições: as faculdades têm a possibilidade de definir regras para facilitar a inclusão de grupos considerados desfavorecidos, como alunos que estudaram em escolas públicas.

Ainda durante o período de inscrições, é possível alterar as opções de cursos feitas inicialmente quantas vezes o candidato quiser. O sistema considerará a última inscrição confirmada ao fazer a seleção.

Como funciona a seleção dos candidatos?

Quando o prazo para as inscrições se encerra, o sistema seleciona automaticamente os candidatos, considerando suas notas no ENEM e ponderações (bônus ou pesos atribuídos às notas).

De forma geral, os candidatos com maiores notas no ENEM, inscritos em cada curso, são os escolhidos para ocupar as vagas disponibilizadas. Mas pode haver algumas variações.

Um curso de Economia, por exemplo, pode atribuir um peso maior à nota que o candidato obteve na área de Matemática no ENEM. Portanto, não se trata de uma classificação totalmente linear, mas feita com base em critérios já estabelecidos pela instituição.

Caso sua nota seja suficiente para permitir seu acesso às duas opções de vaga, o sistema elimina automaticamente a segunda e o candidato é selecionado unicamente para sua primeira opção. Por isso é tão importante que a escolha seja feita em ordem de preferência.

Como são os procedimentos para a matrícula?

Após a seleção, ocorre apenas uma chamada para a matrícula, que deve ser feita dentro do prazo estabelecido. Somente após a efetivação dessa etapa o candidato realmente confirma a ocupação da vaga.

Os procedimentos são diferentes no caso de seleção para primeira opção, seleção para segunda opção e lista de espera. Por isso, é importante ficar atento:

Seleção para a primeira opção

Quando o candidato consegue ser selecionado para o curso que definiu como sua primeira opção, ele tem apenas essa chance de efetuar a matrícula. Se isso não acontecer, ele não será selecionado outra vez.

Seleção para a segunda opção

Já o candidato que foi selecionado para o curso que definiu como sua segunda opção pode efetuar a matrícula normalmente. Porém, mesmo após essa efetivação, ele pode participar da lista de espera do curso que escolheu como primeira opção.

Apesar de estar matriculado na segunda opção, se ele for convocado na lista de espera da primeira opção, poderá escolher o curso que havia definido como sua preferência. Nesse caso, a matrícula atual será automaticamente cancelada, deixando a vaga disponível para outros candidatos.

Lista de espera

É possível que algumas vagas disponíveis não sejam ocupadas pelos candidatos já selecionados. Por isso, o SISU elabora uma lista de espera que as instituições participantes deverão utilizar prioritariamente para preencher essas vagas.

Para entrar nessa lista de espera, o candidato precisa manifestar seu interesse no prazo especificado, na própria página do SISU. Podem participar da lista aqueles que foram selecionados apenas para sua segunda opção ou os que não foram selecionados em nenhuma das opções definidas.

Vale destacar que a instituição disponibiliza as vagas não ocupadas aos candidatos da lista, de acordo com sua primeira opção de vaga. É importante que o interessado acompanhe esse processo para não perder uma possível convocação.

Linha do tempo do sistema

Não se pode negar que o SISU é um sistema muito útil e capaz e otimizar os investimentos realizados no Ensino Superior público. Antes dele, o fato é que as vagas eram disponibilizadas apenas aos estudantes que realizavam os vestibulares próprios das instituições.

Como se pode imaginar, isso gerava um grande número de vagas ociosas. Nem sempre havia uma grande procura por aquele curso em determinada região. Em outros casos, candidatos aprovados em mais de um vestibular optavam por outros cursos.

Portanto, de um lado do país sobravam candidatos que não haviam participado do processo seletivo em faculdades onde havia vagas. Já as universidades nem sempre conseguiam preencher as vagas disponibilizadas com os aprovados de seu próprio processo seletivo.

O SISU foi uma ideia inteligente que reduziu esta ociosidade. Ele literalmente conecta estudantes interessados em um curso às instituições onde eles são oferecidos por meio de uma avaliação nacional — o ENEM.

A origem e crescimento do SISU

O sistema foi proposto pelo então ministro da Educação Fernando Haddad e implantado em 2010. Nesse ano, registrou quase 800 mil inscrições em busca de 47 mil vagas. Em poucos anos, o sistema amadureceu e alcançou um número muito maior de candidatos e cursos.

Para ter uma ideia desse crescimento, a seleção do segundo semestre de 2017 atraiu mais de 1 milhão e 700 mil inscrições em busca de uma das 51.913 vagas em 1.462 cursos de 63 instituições — universidades federais, estaduais e institutos federais.

Regimes de adoção do SISU

Muitas universidades federais adotam o SISU como a única forma de ingresso. Ou seja, essas instituições simplesmente aboliram os vestibulares próprios e baseiam sua seleção exclusivamente no sistema.

Em outros casos, a disponibilização de vagas é dividida entre o SISU e outros sistemas de avaliação, geralmente próprios. Um exemplo é o programa seriado que algumas universidades adotam — o aluno faz as provas ao longo de todo o Ensino Médio.

Que instituições ainda não aceitam o SISU?

Algumas instituições públicas de ensino ainda não aceitam o SISU para a seleção de seus alunos. Um exemplo é o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), que é subordinado ao Ministério da Defesa e continua realizando seu próprio vestibular que, aliás, é um dos mais difíceis do país.

Porém, este quadro está mudando. A USP, que por muitos anos foi conhecida por não aderir ao sistema, está iniciando um processo de abertura para sua utilização.

Para o ano de 2017, por exemplo, a universidade ofereceu 2.338 vagas pelo SISU, o que corresponde a 21% do total oferecido em seus cursos de graduação. Esse número equivale a um aumento de 57% em relação ao ano anterior.

A Unicamp, outra universidade que demorou para aderir ao sistema, confirmou que está estudando a possibilidade de reservar 20% de suas vagas para a graduação para o SISU, baseada nas notas do ENEM 2017. A iniciativa faz parte de um projeto que visa elevar a inclusão na instituição.

Outra situação muito comum pode ser vista em instituições que utilizam o SISU para diversos cursos, mas não utilizam esse modelo de admissão para determinados cursos. Geralmente, são faculdades como arquitetura e urbanismo, artes visuais ou música.

Nesses casos, as instituições não abrem mão da realização de uma prova de habilidades específicas. Portanto, elas não permitem que o aluno seja selecionado exclusivamente pelo sistema.

Como preparar os alunos para o SISU

Como se percebe, o SISU é, hoje, uma via de acesso importantíssima às universidades públicas, especialmente as federais. Além disso, o sistema vem ganhando um espaço em outras instituições reconhecidas, como USP e Unicamp.

Para as escolas, essa é uma excelente notícia. Trata-se de uma oportunidade para estruturar um trabalho capaz de preparar seus alunos para obterem uma boa colocação, aumentar a aprovação nessas instituições e garantir uma boa imagem diante da comunidade em que atuam.

Quer saber como fazer isso? A partir deste ponto, você encontrará um passo a passo para preparar seus alunos para essa importante etapa, ajudá-los a realizar seu sonho e tornar a reputação da sua escola imbatível em sua região.

Invista na preparação dos alunos

A partir do momento em que o aluno entra no Ensino Médio, seu foco precisa ser voltado para o ingresso nas principais faculdades do país. Em outros tempos, isso incluía a realização exaustiva de exercícios de vestibulares. Hoje, a situação é um pouco diferente.

Como vimos, a maior parte das universidades federais hoje utiliza o SISU ― total ou parcialmente ― como via de acesso. Isso significa que, para conseguir as tão sonhadas vagas gratuitas no Ensino Superior, os estudantes precisam focar em um bom desempenho no ENEM.

Todo educador sabe que, diferentemente dos vestibulares tradicionais, as provas do ENEM têm características que as tornam completamente distintas dos processos seletivos realizados durante tanto tempo.

Mais do que conteúdo, os professores precisam ajudar seus alunos a desenvolver competências nas diferentes áreas contempladas pelo exame: Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza, Ciências Humanas e Redação. Para prepará-los, a escola precisa:

Colocar a leitura e interpretação no centro

A realização do ENEM não depende apenas do domínio de conceitos e fórmulas. O aluno precisa interpretar textos, gráficos, tabelas e outras formas de tratamento e apresentação da informação.

Por isso, esse tipo de leitura e interpretação deve fazer parte do estudo de todas as disciplinas. Os estudantes precisam ser ensinados e estimulados a analisar e relacionar dados para chegar a uma conclusão satisfatória.

Trazer a atualidade para a sala de aula

O ENEM mostra que, ainda mais importante que adquirir conhecimento, é a capacidade de utilizá-lo para entender e solucionar problemas reais.

Por isso, a realidade precisa fazer parte da sala de aula e os professores precisam estar preparados para abordá-la e agregar as contribuições de suas respectivas disciplinas aos fatos do cotidiano.

Eliminar ou reduzir as questões tradicionais

Aquelas questões prontas que fazem um jogo de perguntas e respostas totalmente previsíveis precisam ser substituídas por outras que fazem o aluno questionar, pensar e decidir.

No entanto, é fundamental conscientizar os professores de que isso não pode acontecer só na hora da prova. Essa abordagem provocativa da disciplina precisa estar presente no dia a dia da sala de aula.

Promover a interdisciplinaridade

O ENEM não apresenta disciplinas separadas, e sim áreas de conhecimento. Repense a proposta da escola para torná-la o mais interdisciplinar possível e se adequar às características do exame.

Preparar os alunos para responder com agilidade

Mesmo que essas habilidades sejam desenvolvidas, muitos alunos esbarram em um problema: o tempo reduzido das avaliações. Prepare-os para essa realidade, realize simulados e garanta que eles saibam o que fazer nesse momento de pressão.

Enfatizar a redação

Não há como expressar a importância da redação no exame. Por isso, ela deve receber uma atenção especial durante todo o Ensino Médio. Os professores devem ficar atentos aos temas que estão em alta na sociedade e mídia e discuti-los amplamente com os alunos.

Informe

Grande parte dos alunos que entram no Ensino Médio ainda não conhecem o SISU e nem sabem como ele funciona. Mas o pior é que muitos chegam ao último ano desse nível de ensino ainda com muitas dúvidas.

É fundamental que a escola faça o papel de orientadora nesse momento. Isso significa não só divulgar as datas e orientar sobre procedimentos, mas “esmiuçar” o tema desde o primeiro ano do Ensino Médio. Veja como e por que isso é importante:

Prepare as famílias e estudantes para as oportunidades proporcionadas pelo SISU
Desde a implantação do sistema, muitos alunos conseguiram conquistar a tão sonhada vaga em uma universidade federal. Porém, nem sempre isso acontece perto de casa.

Como o SISU possibilita o acesso a vagas em instituições distantes, muitos estudantes precisam deixar suas casas, viver longe das famílias. Isso exige preparação financeira e até mesmo psicológica de pais e adolescentes.

Portanto, desde o primeiro ano do Ensino Médio, é importante que os estudantes e suas famílias sejam orientados quanto às possibilidades que o SISU oferece. Assim, eles têm o tempo necessário para se acostumarem com a ideia e se prepararem devidamente para a conquista de uma vaga e da autonomia.

Divulgue exaustivamente as datas do ENEM

Antes de pensar em SISU, a escola deve se preocupar com uma outra questão: o ENEM. Afinal, para que o aluno concorra a uma vaga pelo sistema, ele primeiro precisa prestar o exame.

Coloque o setor de Orientação Educacional para literalmente “pegar no pé” de seus alunos. Monitore o processo de inscrições, divulgue as datas de inscrição e realização dos exames em murais, corredores e salas de aula.

Mostre como o SISU funciona

O SISU é diferente dos vestibulares tradicionais em muitos aspectos, inclusive na escolha dos cursos. Primeiro o aluno faz a prova (ENEM) e obtém a nota. Só depois ele pode pensar nas alternativas de graduação.

Forneça dicas importantes para essa escolha, como:

  1. Analisar a grade curricular da faculdade: é importante analisar bem o curso e ver se é exatamente isso que o aluno quer;
  2. Comparar o peso dado pelas faculdades: entender os critérios de classificação adotados por uma instituição é muito importante para se inscrever naquela que valoriza um componente em que obteve uma nota melhor;
  3. Escolher a instituição: é bom levar muitos aspectos em consideração, mas o peso que nós falamos no item anterior é uma boa dica — se o aluno foi muito bem em redação, por exemplo, tem chances maiores se optar por uma faculdade que dá mais peso a esse componente;
  4. Observar a nota de corte: é importante acompanhar as médias ao longo dos dias, analisar o histórico de reclassificação dos cursos e observar o número de vagas e a quantidade de posições que faltam para entrar no curso, aumentando as chances de seleção;
  5. Definir a segunda opção com cuidado: é importante escolher um curso em que a nota de corte esteja bem próxima à apresentada pelo candidato para não desperdiçar a chance de seleção;
  6. Acompanhar o processo: mesmo quem não foi selecionado precisa ficar de olho na lista de espera e acompanhar as convocações feitas no site da universidade. Assim, se a chance aparecer, o candidato não perde por não cumprir o prazo!

Divulgue os resultados

O ingresso em uma universidade pública é a realização de um sonho para o aluno, mas também uma oportunidade de marketing para a escola que o formou. Por isso, não perca a chance de marcar presença nesse momento.

Faça todo um esforço de divulgação para seu público interno. Crie um evento para celebrar a conquista dos seus alunos e utilize isso para propaganda também. Faixas, banners e outdoors parabenizando os aprovados são importantes para mostrar que a escola cumpriu seu papel e atendeu às expectativas de sua clientela.

O SISU é mais uma oportunidade para realizar o sonho dos seus alunos — a possibilidade de cursar uma graduação gratuita, estampar um diploma de uma universidade federal no currículo e transpor o primeiro obstáculo para uma carreira de sucesso.

Sua escola pode potencializar as chances de realização desse sonho à medida que prepara os alunos devidamente para o ENEM, informa sobre os caminhos para conquistar a vaga desejada e orienta os estudantes nesse processo.

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